{"id":67327,"date":"2018-02-21T11:45:22","date_gmt":"2018-02-21T11:45:22","guid":{"rendered":"http:\/\/www.obeltrano.com.br\/?post_type=portfolio&p=67327"},"modified":"2018-05-13T06:59:31","modified_gmt":"2018-05-13T06:59:31","slug":"duranteafestaoprotesto","status":"publish","type":"portfolio","link":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/duranteafestaoprotesto\/","title":{"rendered":"Durante a festa, o protesto"},"content":{"rendered":"

[vc_row][vc_column column_width_percent=”100″ overlay_alpha=”50″ gutter_size=”2″ medium_width=”0″ mobile_width=”0″ shift_x=”0″ shift_y=”0″ shift_y_down=”0″ z_index=”0″ width=”1\/1″][vc_empty_space empty_h=”1″][vc_custom_heading heading_semantic=”p” text_size=”” text_font=”font-139983″ text_weight=”800″ text_color=”color-jevc” sub_reduced=”yes”]<\/p>\n

Durante a festa, o protesto<\/h1>\n

[\/vc_custom_heading][vc_custom_heading heading_semantic=”h4″ text_size=”h4″ text_font=”font-157049″ text_weight=”400″ text_italic=”yes” separator=”yes” separator_color=”yes” sub_reduced=”yes”]Marcada pela campanha \u201cN\u00e3o \u00e9 N\u00e3o\u201d, Carnaval 2018 n\u00e3o escapou de den\u00fancias de ass\u00e9dio contra mulheres e popula\u00e7\u00e3o LGBT<\/span><\/em>[\/vc_custom_heading][vc_column_text]por Petra Fantini<\/span><\/em><\/p>\n

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Foto: Paula Molina\/Henrique Fernandes.<\/figcaption><\/figure>\n

Neste Carnaval, o protesto das mulheres contra o ass\u00e9dio esteve estampado na pele. Iniciada no Rio de Janeiro, a campanha \u201cN\u00e3o \u00e9 N\u00e3o\u201d distribuiu mais de 27 mil tatuagens tempor\u00e1rias por todo o pa\u00eds. A ideia do projeto surgiu em janeiro de 2017, no Rio de Janeiro, quando um grupo de amigas se uniu para fazer de sua indigna\u00e7\u00e3o contra casos de ass\u00e9dio um movimento de luta por uma sociedade mais igualit\u00e1ria. Na \u00e9poca, foram mobilizadas 40 mulheres e arrecadadas quase R$ 3 mil para produzir 4 mil tatuagens a serem distribu\u00eddas no Carnaval carioca. \u201cAinda que a tatuagem saia com \u00e1gua e sab\u00e3o, a mensagem veio para ficar\u201d, acredita o grupo. Em 2018, as produtoras Aisha Jacob, Luka Borges, Barbara Menchise e Julia Parucker estiveram \u00e0 frente da campanha.<\/span><\/p>\n

Passado o Carnaval, os organizadores est\u00e3o em processo de coleta de dados e relatos para se saber quais os resultados efetivos da campanha. Mas, segundo Luka, alguns relatos j\u00e1 d\u00e3o conta de que \u201ca tatuagem coloca um ponto final na insist\u00eancia de alguns caras. As mulheres se sentem mais confiantes e seguras, como se a tatuagem fosse um escudo\u201d.<\/span><\/p>\n

E como foi o papo com os homens? Luka conta que entre eles houve de tudo. \u201cTeve homem que nos acusou de bullying, por n\u00e3o entregarmos a tatuagem para eles\u201d, diz. \u00c9 um princ\u00edpio da campanha n\u00e3o permitir que homens usem o adesivo. Luka explica sobre essa decis\u00e3o em texto na plataforma M\u00e9dium (http:\/\/bit.ly\/TatuagensHomens<\/a>).<\/span><\/p>\n

Por outro lado, em grupos nos quais o assunto da viol\u00eancia contra a mulher j\u00e1 era tratado, a recep\u00e7\u00e3o foi diferente. \u201cA gente v\u00ea que em algumas bolhas, onde j\u00e1 houve den\u00fancias s\u00e9rias a respeito de casos de estupro, de abuso, est\u00e1 chegando uma maturidade em alguns caras, de entender e respeitar mais as mulheres. Isso \u00e9 bem importante. Mas acreditamos que ainda temos muitos carnavais pela frente\u201d, disse.<\/span><\/p>\n

Em Belo Horizonte, o movimento chegou por meio de financiamento coletivo que possibilitou a distribui\u00e7\u00e3o gratuita de 4 mil adesivos. Os pontos focais do \u201cN\u00e3o \u00e9 N\u00e3o\u201d foram os blocos parceiros Al\u00f4, abacaxi, \u00c9 o amo!, Garotas Solteiras e Acorda Amor.<\/span><\/p>\n

\u201cIsso \u00e9 de toda import\u00e2ncia por fortalecer uma rede de mulheres pensantes que entendem a import\u00e2ncia desse processo de ressignifica\u00e7\u00e3o do nosso corpo\u201d, diz Ana Helena Baccarini, membra do Al\u00f4, abacaxi, respons\u00e1vel pela distribui\u00e7\u00e3o do adere\u00e7o-protesto. \u201cA tatuagem vem nesse sentido, de a gente usar o nosso corpo, que \u00e9 nossa exist\u00eancia, contra a objetifica\u00e7\u00e3o e o ass\u00e9dio, e como ponto de partida para um di\u00e1logo\u201d, explica. \u201c\u00c9 o momento de falar ‘n\u00e3o’ para o que n\u00e3o se concorda e n\u00e3o se sente confort\u00e1vel\u201d, diz Ana.<\/span><\/p>\n

Ela n\u00e3o presenciou casos de abuso no seu bloco, ao contr\u00e1rio de Daniela Ponce de Leon, regente do Garotas Solteiras, que viu muitas dessas cenas \u2013 ainda que, por ter ficado em local privilegiado, trabalhando em cima dos trios el\u00e9tricos, n\u00e3o tenha sido v\u00edtima direta. \u201cEu vi um cara jogando bebida em cima da menina depois que ela reclamou que ele a estava assediando\u201d, conta.<\/span><\/p>\n

A estrat\u00e9gia adotada pelos organizadores dos blocos contra abusos tem sido parar a m\u00fasica e expor o agressor. \u201cIsso \u00e9 humilhante (para o agressor), e para n\u00f3s, que estamos lutando contra o ass\u00e9dio, \u00e9 maravilhoso porque \u00e9 a oportunidade que temos de mostrar que n\u00e3o vamos mais ficar caladas, n\u00e3o vamos aceitar como antes\u201d, afirma Daniela. \u201cE eu ainda o vi jogando bebida nas meninas da bateria, querendo empurrar, bater, mandando tomar no cu\u201d, completa. A situa\u00e7\u00e3o poderia ter se agravado n\u00e3o fosse a presen\u00e7a de cinco policiais ao lado, que dispersaram o agressor e seu grupo de amigos.<\/span><\/p>\n

Para Daniela, essa \u00e9 uma das maiores li\u00e7\u00f5es que os homens podem levar desse tipo de abuso. \u201cO cara que assedia normalmente n\u00e3o est\u00e1 sozinho. Ele n\u00e3o vai agir se ele n\u00e3o tiver o respaldo de outros homens. Enquanto homens se silenciarem, enquanto homens n\u00e3o disserem nada para o amigo abusador, ele vai continuar assediando\u201d, afirma.<\/span><\/p>\n

Nuances<\/span><\/strong><\/p>\n

O abuso n\u00e3o se d\u00e1 uniformemente. H\u00e1 diferentes grupos que passam por opress\u00f5es distintas. Mulheres negras, por exemplo, tem na cor de sua pele um agravante para o desrespeito.<\/span><\/p>\n

A blogueira e youtuber L\u00edvia Teodoro, do canal Na Veia da N\u00eaga, observou uma mudan\u00e7a no comportamento dos foli\u00f5es, mas ressalta: os abusos cometidos contra etnias e religi\u00f5es continuam acontecendo.<\/span><\/p>\n

\u201cNeste Carnaval percebi que a quantidade de homens fantasiados de mulheres negras aumentou e muito. Perdi a conta de quantos homens fantasiados de Jojo Todynho (MC do hit \u201cQue tiro foi esse\u201d) me deparei em BH. E tamb\u00e9m quantas vezes minha amiga, que \u00e9 negra e gorda, foi abordada com \u2018piadas\u2019 sobre a cantora\u201d, denuncia.<\/span><\/p>\n

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Foto: Paula Molina\/Henrique Fernandes.<\/figcaption><\/figure>\n

J\u00e1 as l\u00e9sbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transg\u00eaneros (LGBT) muitas vezes correm o risco de ter sua sexualidade explorada ou sofrer viol\u00eancia f\u00edsica. A partir da percep\u00e7\u00e3o de que \u201cos meios tradicionais s\u00e3o pouco eficientes para receber e acolher den\u00fancias de LGBTfobia\u201d, e com o objetivo de \u201cfuncionar como uma primeira forma de coletar dados que geralmente n\u00e3o s\u00e3o reunidos e publicizados\u201d, o coletivo art\u00edstico \u201cBeijo no seu preconceito\u201d e o movimento \u201cFrente Aut\u00f4noma LGBT\u201d trabalham, desde 2017, com o formul\u00e1rio \u201cCarnaval BH sem LGBTfobia!\u201d (http:\/\/bit.ly\/CarnavalSemLGBTfobia<\/a>). Entre as perguntas, cujos resultados ser\u00e3o encaminhados aos \u00f3rg\u00e3os e autoridades respons\u00e1veis, s\u00e3o abordadas quest\u00f5es relativas a g\u00eanero, orienta\u00e7\u00e3o sexual e etnia do denunciante, o tipo e a natureza da agress\u00e3o sofrida (transfobia, bifobia, lesbofobia, homofobia, misoginia, racismo, intoler\u00e2ncia religiosa e\/ou preconceito de classe).<\/span><\/p>\n

\u201cEle (o formul\u00e1rio) surge a partir de uma convoca\u00e7\u00e3o que a plataforma \u2018Beijo no seu preconceito\u2019 faz para o Carnaval de Belo Horizonte – para os blocos de rua, foli\u00f5es, ativistas, militantes, artistas -, para pensar a\u00e7\u00f5es do Carnaval\u201d, conta Igor Leal, membro do coletivo.<\/span><\/p>\n

O assunto da viol\u00eancia sofrida pelo p\u00fablico LGBT \u00e9 urgente e tem se agravado nos \u00faltimos anos. Minas Gerais \u00e9 o estado campe\u00e3o em morte de transsexuais e travestis, segundo o Mapa dos Assassinatos de Travestis e Transexuais no Brasil em 2017, lan\u00e7ado pela Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) (http:\/\/bit.ly\/MapaAssassinatoTrans<\/a>).<\/span><\/p>\n

Al\u00e9m disso, conforme o relat\u00f3rio de 2017 da Organiza\u00e7\u00e3o N\u00e3o-governamental (ONG) Grupo Gay da Bahia (GGB) (http:\/\/bit.ly\/MortesLGBT<\/a>), Minas Gerais foi o segundo do pa\u00eds com maior n\u00famero de mortes de LGBTs por homic\u00eddio ou suic\u00eddio, com 43 casos.<\/span><\/p>\n

O \u00faltimo ano foi tamb\u00e9m o que mais registrou mortes nesses grupos de pessoas no pa\u00eds desde que o GGB come\u00e7ou a coletar dados, h\u00e1 38 anos. \u201cDurante o governo FHC, matavam-se em m\u00e9dia 127 LGBT por ano; no governo Lula 163, e no governo Dilma\/Temer, 325 mortes por ano. O n\u00famero subiu para 445 nesse \u00faltimo ano\u201d, diz o texto. Internacionalmente, o Brasil \u00e9 o campe\u00e3o de crimes contra as minorias sexuais.<\/span><\/p>\n

A inten\u00e7\u00e3o \u00e9 levar a preocupa\u00e7\u00e3o com esses dados tamb\u00e9m para o Carnaval, segundo Gustavo Ribeiro, da Frente Aut\u00f4noma LGBT, \u201ctanto entre pessoas que possam ter expressado intoler\u00e2ncia, inconformismo com a nossa exist\u00eancia, com os nossos corpos na cidade, quanto em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 viol\u00eancia institucional. Desde policiais militares, policiais civis, guardas municipais, bombeiros que se recusam a fazer o atendimento ou que usam da for\u00e7a de maneira desproporcional contra pessoas LGBTQIA (as tr\u00eas \u00faltimas letras se referem aos queers, intersexuais e assexuais)\u201d. A identifica\u00e7\u00e3o desses casos serve como ferramenta de cobran\u00e7a do poder p\u00fablico.<\/span><\/p>\n

J\u00e1 no ano passado, o grupo, que surgiu em novembro de 2016, cobrou a\u00e7\u00f5es de seguran\u00e7a de \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos para preservar a vida de LGBTs. Comit\u00eas ligados \u00e0s Secretarias de Estado de Direitos Humanos, Participa\u00e7\u00e3o Social e Cidadania (Sedpac) e de Seguran\u00e7a P\u00fablica (Sesp) promovem encontros com os ativistas e se mostraram abertos para o di\u00e1logo, mas n\u00e3o realizaram nenhuma medida efetiva, de acordo com Gustavo.<\/span><\/p>\n

Seguran\u00e7a<\/span><\/strong><\/p>\n

Em coletiva de imprensa realizado na quinta-feira (15\/02) p\u00f3s Carnaval, \u00f3rg\u00e3os de seguran\u00e7a trouxeram n\u00fameros positivos com rela\u00e7\u00e3o \u00e0 festa do ano passado, com diminui\u00e7\u00e3o em todos os delitos: roubos, viol\u00eancia, acidentes rodovi\u00e1rios. O bom resultado foi creditado ao planejamento de muito tempo, que incluiu um aumento de mil policiais nas ruas com rela\u00e7\u00e3o ao \u00faltimo ano. Quanto \u00e0 viol\u00eancia contra a mulher, de quarta-feira a s\u00e1bado de Carnaval a Delegacia Especializada de Atendimento \u00e0 Mulher (Deam) da Pol\u00edcia Civil de Minas Gerais (PCMG) recebeu 71 solicita\u00e7\u00f5es para encaminhamentos de medidas protetivas (por meio das quais tr\u00eas homens foram presos e quatro conduzidos), enquanto em 2017 esse n\u00famero foi de 61. Tendo como refer\u00eancia o m\u00eas de janeiro de 2018, a m\u00e9dia di\u00e1ria foi de 22 pedidos \u2013 desta forma, o n\u00famero de solicita\u00e7\u00e3o de medidas protetivas durante o Carnaval \u00e9 menor comparado a per\u00edodo fora de data festiva.<\/span><\/p>\n

\u201cA mitiga\u00e7\u00e3o de pequenas ocorr\u00eancias, pequenas brigas, para que n\u00e3o tiv\u00e9ssemos, principalmente nos maiores blocos, o que chamamos de efeito manada \u2013 o momento em que h\u00e1 correria, podendo causar pisoteamento das pessoas \u2013 conseguimos pelo posicionamento dos policiais\u201d, afirmou o Major Fl\u00e1vio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da Pol\u00edcia Militar de Minas Gerais (PMMG), acrescentando que essa mitiga\u00e7\u00e3o inclui os casos de ass\u00e9dio. \u201cA presen\u00e7a do policial militar pr\u00f3ximo a esses eventos fez com que o comportamento do assediador tamb\u00e9m fosse diferente\u201d, diz. Outra medida que contribuiu para o combate a esse tipo de abuso, segundo o Major, foi a campanha de conscientiza\u00e7\u00e3o realizada em redes sociais.<\/span><\/p>\n

O delegado-assistente da Pol\u00edcia Civil de Minas Gerais, Alessandro Amaro da Matta, tamb\u00e9m observou uma mudan\u00e7a no comportamento dos homens e diminui\u00e7\u00e3o de casos de ass\u00e9dio em fun\u00e7\u00e3o das campanhas. Sobre o tema da viol\u00eancia contra a mulher, Alessandro contou ainda sobre o levantamento de dados que foi feito nas Delegacias de Mulheres do estado durante o Carnaval e levado \u00e0 Secretaria Nacional de Seguran\u00e7a P\u00fablica (Senasp) do Minist\u00e9rio da Justi\u00e7a. A ideia \u00e9 conseguir apoio para que as delegacias sejam aprimoradas, com a contrata\u00e7\u00e3o e capacita\u00e7\u00e3o de profissionais para o atendimento \u00e0s v\u00edtimas. O chefe adjunto da Pol\u00edcia Civil, Gustavo Adelio Lara Ferreira, ressalta a import\u00e2ncia de garantir o atendimento adequado a essas mulheres, que j\u00e1 chegam fragilizadas, assustadas e muitas vezes envergonhadas para fazer a den\u00fancia.<\/span><\/p>\n

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Foto: Maysa Mundim Zucheratto\/Al\u00f4 Abacaxi.<\/figcaption><\/figure>\n

J\u00e1 em resposta aos n\u00fameros de viol\u00eancia levantados pela Antra e o Grupo Gay da Bahia, a Sesp afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que \u201cMinas \u00e9 um dos poucos estados no qual a v\u00edtima pode exigir que o policial preencha no Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), nome do antigo boletim de ocorr\u00eancia, a causa presumida da viol\u00eancia baseada em LGTfobia. Esta a\u00e7\u00e3o resguarda a v\u00edtima e ajuda o Governo a ter um panorama mais real da viol\u00eancia contra a popula\u00e7\u00e3o LGBT no Estado\u201d, diz o texto. O Reds tamb\u00e9m reconhece o uso do nome social e possui espa\u00e7o para que se declare a identidade de g\u00eanero ou orienta\u00e7\u00e3o sexual.<\/span><\/p>\n

Den\u00fancias do tipo tamb\u00e9m podem ser encaminhadas para a Coordenadoria de Direitos Humanos (NAC) da Pol\u00edcia Civil, que atende esse tipo de ocorr\u00eancia de forma especializada. \u201cAo longo de 2017, a Coordenadoria Estadual de Enfrentamento \u00e0s Fobias Relacionadas \u00e0 Orienta\u00e7\u00e3o Sexual e Identidade de G\u00eanero de Minas Gerais (Cepef) da Sesp, em parceria com o NAC e com representantes de movimentos sociais, realizou abordagens \u00e0 popula\u00e7\u00e3o LGBT nas ruas da capital mineira com o objetivo de esclarecer os servi\u00e7os especializados de seguran\u00e7a oferecidos pelo n\u00facleo\u201d, continua a assessoria.<\/span><\/p>\n

O mapeamento da viol\u00eancia sobre as comunidades LGBT disponibilizados pela secretaria partem do preenchimento do Reds. Portanto, as informa\u00e7\u00f5es foram obtidas a partir da autodeclara\u00e7\u00e3o das v\u00edtimas (ou, no caso de homic\u00eddio, do agente p\u00fablico que atende a ocorr\u00eancia, tendo em vista as circunst\u00e2ncias e\/ou pessoas relacionadas ao fato \u2013 testemunhas, solicitantes, parentes, amigos etc.). As viol\u00eancias tratadas n\u00e3o est\u00e3o vinculadas \u00e0 motiva\u00e7\u00e3o dos crimes \u2013 ou seja, n\u00e3o se pode dizer que determinadas pessoas foram v\u00edtimas de algum crime porque possuem uma determinada orienta\u00e7\u00e3o sexual.<\/span><\/p>\n

O quantitativo de casos em que a pessoas LGBTs foram v\u00edtimas em Minas Gerais entre 2016 e 2017 pode ser acessado neste link: http:\/\/bit.ly\/V\u00edtimasLGBT<\/a>.<\/span>[\/vc_column_text][\/vc_column][\/vc_row][vc_row][vc_column width=”1\/1″][uncode_block id=”61182″][\/vc_column][\/vc_row][vc_row][vc_column width=”1\/1″][vc_empty_space empty_h=”1″][vc_raw_html]JTNDZGl2JTIwY2xhc3MlM0QlMjJmYi1jb21tZW50cyUyMiUyMGRhdGEtaHJlZiUzRCUyMmh0dHAlM0ElMkYlMkZ3d3cub2JlbHRyYW5vLmNvbS5iciUyRnBvcnRmb2xpbyUyRmR1cmFudGVhZmVzdGFvcHJvdGVzdG8lMkYlMjIlMjBkYXRhLXdpZHRoJTNEJTIyNTAwJTIyJTIwZGF0YS1udW1wb3N0cyUzRCUyMjMlMjIlM0UlM0MlMkZkaXYlM0U=[\/vc_raw_html][\/vc_column][\/vc_row]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Marcada pela campanha \u201cN\u00e3o \u00e9 N\u00e3o\u201d, Carnaval 2018 n\u00e3o escapou de den\u00fancias de ass\u00e9dio contra mulheres e popula\u00e7\u00e3o LGBT. 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